quinta-feira, 26 de julho de 2012

Nosso pior Inimigo



Vocês se consideram pessoas corajosas?

Gosto de ver filmes de ação e, como sonhadora que sou, adoro me colocar na história do filme. Acabei de assistir, pela terceira vez, ' As Crônicas de Nárnia e a Viagem do Peregrino da Alvorada '. Assim como nos outros filmes, Lúcia e Edmundo, são chamados a um país secreto, Nárnia, onde são reis, para ajudarem em mais uma aventura. Os minutos vão passando e as dificuldades só aumentam, no entanto, eles não perdem a coragem em um só instante.

De repente, me pego pensando que eu não teria a mesma coragem. Sou bastante medrosa, confesso. Derrotar monstros, lutar em guerras, desafiar gigantes não seria pra mim. Entretanto, a maior batalha do filme me fez repensar o quão corajosa eu sou.

O pior inimigo de Lúcia, Edmundo, dos tripulantes do Peregrino da Alvorada e o de cada um de nós são os nossos maiores pesadelos internos!  As piores batalhas que iremos enfrentar serão os desafios impostos por nossa consciência. E aí é que se encontra a dificuldade: somente nós podemos duelar com estes 'monstros'. As pessoas podem até nos auxiliar, dando conselhos e dicas de como proceder, mas a decisão de agir deverá ser nossa.

Quantas vezes, os nossos próprios medos não nos deixaram seguir em frente? O medo de decepcionar as pessoas que nos cercam, a apreensão de nos machucar, a angústia de sermos julgados erroneamente? Pensando nisso, vejo que podemos aniquilar qualquer 'bicho papão' da realidade, mas os nossos internos sempre estarão presentes. Todavia, é necessário coragem para enfrentá-los a cada manhã!

O nosso maior fracasso é sermos vencidos pelos nossos pesadelos internos, pois, nesse caso, não se pode colocar a culpa em mais ninguém, a não ser em nós mesmos. Se tornar um covarde e o algoz da própria vida é capaz de destruir a existência de alguns e das pessoas que os cercam. As doenças psíquicas estão aí, para não me deixar mentir, surgindo como efeitos dessa covardia.

Tornar-nos os autores de nossa própria história não é tão intrínseco quanto pensamos. Os nossos maiores medos podem tomar o comando de nossas vidas sem que percebamos. No entanto, nunca é tarde para que a gente recupere a posição de comandantes! Devemos, a cada amanhecer, reconhecer os nossos erros e tentar enfrentá-los durante o dia. Caso, ao anoitecer, não tivermos ganho a batalha, não devemos desistir. O sol nasce todos os dias para que tenhamos a possibilidade de lutar novamente. Além disso, o pior fracasso não é o medo e, sim, a desistência.

No decorrer do filme e da minha reflexão, percebi que não sou tão covarde assim. Tem alguns medos que já consegui derrotar, como a incerteza de ser ou não capaz de ingressar na faculdade tão almejada. Porém, continuo com milhares de outros medos, que venho enfrentando a cada dia. Apesar de não ser fácil, não penso em desistir. Derrotá-los não me darão reinos ou tesouros, apenas farão com que eu continue na busca dos meus ideias, o que, pra mim, não é pouco.

O problema não é sentir medo e, sim, não enfrentá-lo. Enfrente, batalhe, lute! Vencer será apenas uma das consequências.



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